quarta-feira, 29 de março de 2017

MINHA REAÇÃO AO TRAILER DE HOMEM ARANHA: DE VOLTA AO LAR

   








Pela primeira vez eu experimentei fazer um vídeo de reação ao trailer,
como outros canais. A primeira é com Homem-Aranha: De Volta ao Lar. O
primeiro filme cabeça de teia dentro do Universo Cinematográfico Marvel.

quinta-feira, 23 de março de 2017

HUGH JACKMAN NOS FILMES DO WOLVERINE(2009-2017)



Após fazer minhas análises criticas dos quatros filmes da franquia X-men com a presença relevante  do Wolverine nos arcos da trama. 







Nesta postagem, vou fazer minhas análises dos spin offs solos do carcaju  que incluem X-Men-Origen: Wolverine, Wolverine: Imortal e o recente Logan  que marca a despedida do Hugh Jackman do papel no qual ele representou por longos 17 anos. O critério será o mesmo em relação a postagem dos quatro filmes de X-Men, vou  comentar sobre  cada um apresentando pela ordem cronológica de lançamento,  porque se formos tentar analisar pela linha temporal cinematográfica que já é bagunçada por si mesma, com muitas incoerências inexplicavelmente  absurdas,   cheia de buracos no roteiro principalmente se formos tentar analisar a conexão com cada um desses filmes e que são difíceis de serem tapados, terminaria explodindo demais nossas cabeças. Esclarecido isso, vamos então para as análises dos filmes spins offs  do Wolverine.

Para quem quiser conferir a postagem anterior deixo aqui o link:


Então vamos nessa.









X-MEN-ORIGENS: WOLVERINE(2009)






















Neste filme primeiro spin off do carcaju, lançado três anos após a Fox encerrar a franquia original com X-men-O Confronto Final(2006) e dois anos antes do reboot prequel  de X-Men: Primeira Classe(2011). Esta primeira trama solo do Carcaju que apresentava uma abordagem bem interessante, começando pela premissa se passando no Canadá em 1845, que apresentou o protagonista criança testemunhando o pai e a mãe brigando com um cara bêbado, e este cara dá um disparo no pai dele, onde ele ficando bastante  irritado e indignado  despertando nele pela primeira vez as suas garras e mata o cara. Esta sua breve passagem bem remete a trama do quadrinho “Wolverine-Origem” de Paul Jenkins, Andy Kubert e Richard Isanove publicado em 2001.   É a partir deste acontecimento que se inicia a jornada do nosso anti-herói antes de virar o X-men, nesta passagem também somos apresentados ao Dente-de-Sabre cujo arco no enredo mostra ter uma carga dramática importante  para as reviravoltas da história. Depois disso, acontece de mostrar o Wolverine participando de muitas guerras sempre acompanhado do Dente-de-Sabre até chegar ao Vietnã onde lá ele conhece o General William Striker(Dany Huston), que será o responsável por recrutar ele e o Dente-de-Sabre para um grupo de mercenários para roubarem um objeto precioso de um país africano  responsável pelo adamantium. O mesmo que será implantado no corpo do Wolverine. Pode-se descrever que Hugh Jackman conseguiu segurar as pontas filme mostrando muito vigor e disposição para incorporar o personagem, cujo roteiro foi bastante alfinetado  sem dó nem piedade das críticas negativas que o acharam sem muita inspiração, tudo isso fruto  da produção conturbada nos bastidores, entre eles os muitos conflitos criativos do diretor Gavin Hood com os executivos da Fox que não é para menos, até chegar ao ato da implantação do  adamantium no Wolverine com o Programa Arma X, a trama carregava um ritmo envolvente, cheio de adrenalina, com uma boa pegada, depois disso, da metade até  o ato final vai perdendo o ritmo com situações muito absurdas e bem medíocres como a aparição do Deadpool com a boca  colada e tudo isso fez com que consequentemente até hoje os fãs odeiem este filme.















WOLVERINE-IMORTAL(2013)




















Lançado dois anos após X-Men: Primeira Classe e um ano antes de X-Men: Dias de um futuro esquecido. Este segundo spin off solo do Carcaju com Hugh Jackman novamente no  papel conseguiu ser melhor trabalhado do que em relação a maneira bagunçada com que o Origens resultou. Lançado na ocasião do aniversário de 50 anos da primeira publicação de X-Men. O diretor James Mangold conseguiu construí uma trama mais densa, mostrando um Wolverine mais melancólico e atormentado dentro de uma trama com pano de fundo mais realista, pé no chão sem precisar lidar com uma ameaça maligna estapafúrdia com plano mirabolante de dominar o mundo. Ainda que este filme apresente melhoras na construção do enredo e Hugh Jackman demonstre muito vigor e boa forma para encarar a essência do Wolverine, principalmente nas coreografias de luta e na personalidade marrenta e impulsiva, ele também  apresenta problemas, falhas no que diz respeito a algumas concepções de tentar coloca-lo em conexão com a linha temporal bagunçada dos mutantes no cinema. Aqui o tempo todo, ele mostra que a trama se situa uns cinco anos após os acontecimentos de X-Men: Confronto Final, mostrando ele o  tempo todo sendo atormentado pelas memórias da Jean Grey por quem ele nutria uma paixão platônica quando estava na equipe, e após aquele acontecimento de ao vê-la dominada pela entidade poderosa da Fênix da qual ela não tinha controle e que o único jeito foi  matá-la  que desde então, ele vive nesse martírio, o que esta consequência trouxe para ele após abandonar a equipe e vivendo uma vida errante, isolada do mundo numa floresta canadense usando do seu instinto mutante característico para sobreviver. Ao mesmo tempo que isto foi bom para desenvolver a carga dramática do personagem, também proporciona situações pouco plausíveis de tão absurdo que é engolir os furos de roteiro, ainda mais quando tentamos conectá-lo a linha temporal bagunçada dos outros filmes,  com este então nem se fala. Só para dar um exemplo, na cena inicial mostrando um prologo da trama se passando em Nagasaki, no Japão em 1945, horas antes do bombardeio atômico destruir a cidade. Nesta passagem, somos apresentado ao soldado Yashida, que é o único sobreviente junto com o Wolverine daquela explosão. A maneira como ele é apresentado inicialmente já serve para o público saber da importância dele  para o desenvolvimento da saga da história, principalmente quando no presente momento em que ela se encontra melancólico e recluso na floresta, aparece a Yukio, representante da sua empresa e que tem uma forte relação fraternal com Mariko, a neta e herdeira do Yashida para leva-lo ao Japão para se despedir dele que está a beira da morte. É lá que acontece de Wolverine proteger a Mariko das garras dos Yakuzas após a morte forjada do Yashida que teve uma importante para a reviravolta que ocorre na trama no momento clímax com a ajuda da mutante Víbora se fazendo passar por sua enfermeira. Ainda que toda esta estética da trama mostrasse uma atmosfera muito envolvente com aquele clima de perseguição, suspense, com elementos de máfia e muitas referencias a cultura pop japonesa, como o fato dele ser comparado a um Ronin, um samurai sem mestre entre outras coisas, e cenas bem coreográficas, como uma eletrizante cena dele enfrentando os Yakuzas no teto de um trem em movimento, ao mesmo tempo apresenta dois buracos enormes no enredo e difíceis de serem digerido pela falta de lógica, um desses buracos é o fato de que na própria cena do prólogo mostrando o Wolverine em Nagasaki não é apresentado o Dente-de-Sabre, que no X-Men: Origens foram mostrado que ele acompanhou o Carcaju em muitas guerras que ele participou. Mas neste prólogo do filme isto não acontece, então onde é que estava o Dente-de-Sabre quando o Wolverine estava em Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial? Mas dentre todos os buracos, o mais difícil de digerir e tentar tapar é o fato de quando a Yukio menciona para o Wolverine o nome Yashida, aquilo parece lhe soar familiar e ele diz que se lembra dele sim senhor, acontece que quando ele conheceu Yashida foi muito antes dele receber o adamantium do Programa Arma X pelas mãos do  William Striker e ficar com as garras metálicas, e muito antes de ficar desmemoriado após receber um tiro na cabeça dado por Striker como foi mostrado no ato final do “Origens”, ou seja, será que em alguns momentos a amnésia dele é apenas  proposital? Sacanagem destes roteiristas. Num balanço final, apesar das falhas é um filme que vale a pena ser conferido novamente. 







LOGAN(2017)

















Por fim, neste spin off que marcou a despedida do Hugh Jackman do papel do Carcaju, lançado um ano após X-men: Apocalipse. Pode se concluir que este foi um verdadeiro encerramento com chave de ouro do arco do Wolverine para a franquia. Apresentando uma história com um pano de fundo  mais denso, melancólico e dramático, bem fechadinho sem pontas soltas, com uma abordagem mais realista, sem precisar mostrar o protagonista envolvido numa missão de enfrentar uma ameaça mirabolante de um vilão. Livremente inspirado na saga da Hq de “O Velho Logan”. Apresentou a figura do Wolverine que há muito tempo as pessoas esperavam e que se fosse há 17 anos seria impensável vê-lo dessa maneira. Descrevo assim desta maneira porque este filme foi produzido de uma forma bastante arriscada por apresentar um  teor altíssimo de violência, com sangue jorrando, corpos mutilados e com diálogos cheio de palavrões  recebendo assim uma alta classificação indicativa dos EUA  de Rated R 18, ou seja, filme adulto  recomendado apenas  para maiores da faixa etária de 17 anos, aqui no Brasil foi diminuído para 16 anos. E quando filmes assim recebem este selo, fica inviável de serem lançados nas telas de cinema. Mas depois que ano passado, a Fox lançou o Deadpool, com esta pegada e que deu muito certo, então a mesma resolveu apostar neste terceiro filme solo do Wolverine e realmente o resultado ficou uma maravilha. Novamente contando com a direção de James Mangold, que soube bem trabalhar a estética do enredo trazendo um Wolverine mais humanizado, no sentido de apresentar suas virtudes e seus defeitos, mais enfraquecidos pelo peso do envelhecimento, menos ágil, enfraquecido, sem vigor, sobrecarregado tendo o seu fator de cura já falhando. Hugh Jackman desempenhou perfeitamente toda a carga dramática do papel que ele carregou por  longo tempo  se despedindo de uma forma onde dava para perceber a visibilidade do quanto o próprio já demonstrava sinais de cansaço do papel. Logan apresentou  um surpreendente pano de fundo ambientado num mundo futuro distópico, onde todos os mutantes foram exterminados, e somente ele  foi o único que sobrou e cuida do já cansado  Professor X, o antigo mentor dos X-men, vivendo uma vida desiludida. Com os poderes falhando  assim como do Wolverine, além de marcar a despedida de Hugh Jackman do papel principal, o filme também marca a despedida de Patrick Stewart como Professor X, no qual ele encarnou na trilogia original dos anos 2000, e fez ele também em X-men: Dias de um futuro esquecido(2014) e numa ponta em X-men-Origens:Wolverine(2009) e em Wolverine-Imortal(2013). O enredo é pesadamente dramático do começo do fim, com alguns em que apresenta uma boas sacadas cômicas que são bem colocadas no timing da piada, com muitos easte eggs de referencias, cheio de ação, com uma belíssima fotografia solar combinadas com paleta de cores sujas ambientado em deslumbrantes cenários desérticos ou mesmo correndo na estrada que cria no filme uma pegada bem interessante o mesclando a elementos de faroeste com road movies e apresentado a importante figura da menina fazendo a  X-23, toda badass desempenhando  brilhante a personagem cheia de marra entre tudo mais que o torna na minha opinião o melhor exemplo filme do gênero de super-herói com tom dramático voltado para adulto. Recomendo para quem ainda não assistiu e está se programando para assistir, que o veja como uma trama a parte, procure não tentar relaciona-lo a linha temporal cinematográfica do universo, porque vai que você se decepcione ao notar alguma inconsistência absurda que possa gerar um furo de roteiro, como eu pude notar na cena onde o Professor X e o Wolverine num galpão, o Professor X comenta da primeira vez quando o conheceu ao acolhe-lo na Escola, isto ocorreu no filme de 2000.  Se bem que como foi mostrado no Primeira Classe, o Professor X já conhecia o Wolverine quando ele foi recruta-lo num bar e ele grosseiramente o mandou se ferrar. Difícil digerir que um homem como Professor X, com esta habilidade mutante mental, de telepatia, possa sofrer tanta amnésia.

segunda-feira, 20 de março de 2017

RESENHA DE KONG:A ILHA DA CAVEIRA(2017)



No Domingo, 19 de março de 2017, fui conferir “Kong-A Ilha da Caveira”, a mais nova versão cinematográfica do King Kong no Midway Mall. Gorila gigante clássico dos filmes de monstros. A primeira versão foi lançada em 1933 em stop motion que representou um marco muito importante para a história do cinema, depois veio um remake em 1976 e uma versão de Peter Jackson em 2005. 














Neste filme atual, a trama completamente repaginada, apresenta uma empolgante pegada aventuresca, cheia de adrenalina, com muita explosão e muitos efeitos visuais em CGI dos monstros da Ilha da Caveira sensacionais com uma apreciação visual fascinante da panorâmica da ilha, um verdadeiro luxo. 







No quesito trama, ele apresenta alguns problemas, falhas, como no quesito que envolve a construção dos personagens humanos. Os atores como Samuel L. Jackson, Tom Hiddleston, Brie Larson e John Goldman até que foram bem escalados para os respectivos papeis, o problema é a maneira como o roteiro com a construção dos seus arcos para o enredo foi bastante mal desenvolvidos. Principalmente no quesito que envolve a situação dramática, como tipo quais as razões motivacionais deles fazerem uma expedição militar naquela ilha. Apesar disso, eles souberam bem como equilibrarem a tensão das cenas das batalhas dos monstros com aquele frescor das tiradas cômicas. Um grande acerto da parte da produção é o fato deles não levarem o Kong para a cidade grande  e virar uma atração circense e  depois promover o terror e colocar a figura de uma mulher para amenizar o seu sofrimento e ele terminar subindo um prédio cair  morto. Neste filme em questão, a trama gira torno completamente na morada do Kong, que é a Ilha da Caveira numa expedição militar com uma pegada que bem remete ao clássico “Apocalipse Now”(1979). Aliás, é curioso notar que a época em que o enredo se passa é em 1973, bem na ocasião em que os EUA, ainda estava guerreando com o Vietnã. 






Impressionei-me muito com as deslumbrantes cenas panorâmicas da Ilha da Caveira, uma linda fotografia edênica com uma cor amarela bem ensolarada, criando uma boa identidade visual para a obra em um cenário tropical. A concepção em CGI das criaturas é fascinante, eu não assisti em 3D, mas se fosse com certeza ficaria sensacional. Também gostei da trilha sonora orquestrada pelo Henry Jackman, cujos arranjos criam toda uma atmosfera de suspense, principalmente para os surpreendentes jump careers em algumas cenas, promovendo um puro escapismo de aventura cheio de licenças poéticas. Para quem curte este tipo de filme e não espera nada de realismo, apenas se divertir comendo pipoca e desligar o cérebro. 





domingo, 19 de março de 2017

HUGH JACKMAN NOS FILMES DOS X-MEN(2000-2014)



Após conferir “Logan”, o filme que marca a despedida do Hugh Jackman do papel do Wolverine no qual ele o encarnou por longos 17 anos. É hora de fazermos um retrospecto, analisando todos os filmes da franquia X-men onde ela encarou o anti-herói carcaju. Escolhi aqui quatro dos sete filmes da franquia X-men onde ele participou mais ativamente do cânone da história e teve seu arco trabalhado com mais relevância para a narrativa, desses quatro escolhidos existe a divisão de três que formam a chamada franquia clássica, melhor dizendo original lançado na década de 2000 e apenas uma que forma a franquia nova iniciado em 2011 com “X-Men: Primeira Classe”, também denominada de reboot ou prequel como queira. 

 















Não vou incluir aqui os três filmes solos dele, porque acho que eles merecem ser analisados numa postagem separada, assim como não vou incluir “X-men: Primeira Classe” e nem o recente “X-men: Apocalipse”(2016). Porque em ambos, a aparição dele em pontas rápidas mostrado nesses filmes, seja na cena do bar em “Primeira Classe” onde ele é recrutado pelo Professor X e Magneto jovens formando o embrião dos X-men e ele os destrata com um grosseiro insulto ou mesmo no “X-Men: Apocalipse”  sendo libertado pela jovem Jean Grey de uma prisão da Base de William Striker pode se dizer que analisando friamente estas participações dele  não tiveram muita relevância para a narrativa, apenas cumpriram uma função de puro  fan service. Em cada um que comentarei vou apresentando pela ordem cronológica de lançamento, porque se formos tentar analisar pela linha temporal cinematográfica que já é bagunçada, com muitas incoerências absurdas e cheia de buracos no roteiro, terminaria explodindo demais nossas cabeças. Esclarecido isso, vamos então para as analises dos filmes da franquia X-men que contou com a importância do Wolverine para a trama.






X-MEN(2000)



 











Neste primeiro filme, onde ele apareceu como o Wolverine no distante ano de 2000 é necessário ter em mente que naquela época diferente de agora o gênero dos filmes de super-heróis, era visto como algo impensável, ou mesmo improvável que pudesse  realmente acontecer. Visto que muitos estúdios viam esta ideia como muito inviável, principalmente por não saberem que tipo de público eles iriam atingir com estas produções, não sabiam se eram para crianças ou mesmo para adultos, muitos estúdios temiam que a crítica achasse a ideia de transformar super-heróis de quadrinhos em filmes uma coisa muito medíocres, ou mesmo com propostas muito viajadas. A Fox lançou este primeiro filme da franquia logo após ter adquirido o direito de adaptação da Marvel em 1994. Naquela ocasião em que a empresa vivia num cenário muito crítico, bastante endividada, vindo a decretar publicamente falência em 1996. Era impensável imaginar que se não fosse X-men, a Marvel com certeza não lançaria oito anos depois Homem de Ferro para assim poder criar o seu universo compartilhado no cinema também denominado de UCM  com os Vingadores dividida por fases, porque foi a Fox quem fez a Marvel se reerguer daquela situação e conseguir sair do cenário crítico que se encontrava ao longo da década de 1990. A mesma Fox que salvou a Marvel do sufoco que passava, também é a mesma com quem a própria Marvel vive uma longa e interminável batalha jurídica para ter de volta a guarda de sua cria. Tirando este detalhe complexo de lado e focando apenas na participação do Wolverine no cânone do enredo. A maneira como o arco do Wolverine foi trabalhado no escopo da trama já mostrava um peso enorme para a obra. Logo na sua  introdução ocorrida na cena do bar em Alberta, no Canadá. Onde ele atuava como se fosse uma espécie de gladiador do ringue para entreter a plateia assim como no pão e circo romano, ali já fica bem estabelecido qual era a sua essência sem precisar de tanta explicação didática, e qual envolveria a sua função para a trama, que era proteger a Vampira das garras do Magneto. Porque é neste mesmo local, que ele a conhece antes de deles entrarem para os X-Men. É curioso imaginar que na época o  então desconhecido Hugh Jackman quando foi escalado para este papel, quase não foi dele, o Wolverine estava destinado a outro ator que precisou se recusar porque  já estava envolvido em outro projeto, antes de ser o Wolverine, Jackman tinha feito produções menores na Austrália, sua terra natal, mas foi com o Wolverine que ele ganhou mais notoriedade e fama mundial, um divisor de águas para a sua carreira. Mesmo não conhecendo nada do personagem no universo das Hqs, ele conseguiu trabalhar toda a sua essência de personalidade temperamental, explosiva, impulsiva,  individualista e um tanto politicamente incorreto  do anti-herói dos X-Men, ainda que de forma amenizada que pudesse funcionar e caber dentro da proposta dele ser um filme mais realista, mas mantendo a essência escapista dos quadrinhos e que pudesse atingir um público mais amplo para a época. A sua performance ainda tímida  como Wolverine foi tão perfeita que ele era quem terminava roubando todas as cenas do filme, e a cada filme que  participou ganhava muito mais importância que qualquer outro personagem do universo, a ponto de deixar os outros completamente apagados. 







X-MEN 2(2003)























Já nesta continuação da franquia original, lançada numa época muito importante para a história dos mutantes. Isto porque naquele ano de 2003, os X-Men completavam 40 anos de sua primeira publicação como revista em 1963. Neste filme novamente o arco do Wolverine foi trabalhado com uma importância de grande peso para a narrativa. Principalmente pela presença do General William Striker(Brian Cox) aparecendo para caçar os mutantes e no decorrer vimos o Wolverine tentando encaixar as peças do quebra-cabeça de seu passado esquecido em suas  memórias. Apesar de neste aspecto a medida que ele foi aparecendo em cada filme, a gente se depara com cada furo de roteiro. Além disso, ele também foi importante por ficar responsável por tutorar os adolescentes Vampira, Homem de Gelo e Pyro no momento que ocorreu a dispersão de todos, quando os alunos foram capturados. Mais uma vez ele conseguiu roubar as cenas com cada luta coreografada. Jackman neste filme mostrou já estar bem familiarizado e disposto com o personagem para desempenhá-lo de uma forma perfeita.








X-MEN-O CONFRONTO FINAL(2006)



















Já neste filme responsável por fechar o ciclo da primeira franquia. Novamente Jackman surpreende trabalhando bem o arco do Wolverine, principalmente na parte importante que envolve a dramática cena dele ter de matar a Jean Grey, que estava possuída pela Fênix, exigindo uma carga dramática enorme. Contra a sua vontade, já que nutre por ela uma grande paixão platônica. Ele conseguiu mostrar uma boa forma, pique e disposição para encarnar o personagem, mesmo o filme apresentando grandes problemas na concepção do roteiro, que fez a criticar odiar o filme na época, o achando ruim, péssimo, medíocre. Independente do fator ter sido a mudança de diretor, Brett Ratner foi responsável por dirigir este filme no lugar de Bryan Singer. Este responsável por dirigir os antecessores. De todo jeito, isso não mudaria a opinião negativa da crítica, principalmente no que diz respeito a maneira como eles colocaram no arco da história a Jean Grey invocando a Fênix, que nos quadrinhos é uma importante entidade cósmica dos quadrinhos, em uma trama com uma pegada mais realista com abordagem politica, e ser morta pelo Wolverine e os desperdícios com outros personagens, aquilo foi algo muito imprudente.








X-MEN:DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO(2014)
























Por fim, no X-men: Dias de um futuro esquecido, posso descrever que neste filme, a presença do Wolverine no arco da história foi apenas de mero espectador. Isto porque ao contrário da minissérie do quadrinho de Chris Claremont e John Byrne publicado originalmente em 1981 que serviu de base para a aventura de viagem do tempo deste filme. Onde mostrava o Wolverine no futuro distópico de 2023, onde os mutantes são exterminados pelas Sentinelas, cabe a ele voltar ao passado de 1973 para impedir aquele acontecimento que ocasionou aquele momento.  Através do trabalho mental com o poder da Kitty Pride, nos quadrinhos é ela quem faz esta viagem temporal. Eles optaram pelo Wolverine, ao ver que simplesmente ele de todos os personagens dos mutantes nos cinemas é o que tem mais apelo perante o público. Hugh Jackman neste filme mesmo mostrando garra e vigor para o papel, ao mesmo tempo também deixava transparecer sinais de incomodo, por carregar o personagem em muitos filmes. Ele trabalha bem a importante peça que o arco do personagem representa no filme para reunir o Professor X e Magneto de 1973 para impedirem o ato terrorista da Mística de matar Bolívar Trask(Peter Dinklage) e com a morte dele  originar as super Sentinelas mutantes do futuro. Mesmo que em alguns momentos o enredo indo numa abordagem de viagem no tempo com uma pegada no estilo de “O Exterminador do Futuro” apresente uns furos de roteiro que são bem característicos dos filmes desse gênero. E dentre  os maiores dos furos que envolve o Wolverine é a ideia de que seu corpo em 1973 nesta época  estava num quarto de hotel, acontece que no “Origens”, ele estava combatendo no Vietnã. É muito sem sentido.

Bom aqui foram as minhas análises sobre a presença do Hugh Jackman como Wolverine nos filmes da franquia X-Men. Analisando apenas os quatro filmes onde ele teve mais relevância para o enredo. Numa próxima postagem, farei uma análise dos três filmes spin offs solo estrelado por ele que são X-Men-Origens: Wolverine, Wolverine: Imortal e o recente Logan.