O JAMES BOND MAIS LONGEVO: ROGER MOORE
Quando
Roger Moore(1927-2017) foi escolhido para ser James Bond nos anos 1970, ele teve o duro desafio de substituir Sean Connery(1930-2020) que foi
o primeiro a representar o papel em 007
Contra o Satânico DR.NO( Dr. No, Reino Unido,1962) e ficou até 007-Os
Diamantes são eternos(Diamonds Are Forever, Reino Unido, 1971), papel
no qual ele retomou após a tentativa frustrada dele ter sido substituído pelo
austaliano George Lazenby em 007-A Serviço Secreto de Sua Majestade(On
Her Majestic Service Secret, Reino Unido, 1969), o que faz de Moore tecnicamente
ser o terceiro na linha cronológica das datas de lançamento da franquia, mais foi o segundo mais longevo, conseguiu incorporar no implacável, charmoso,
assassino e sedutor espião britânico elementos peculiares como a maneira de
levantar as sobrancelhas que criou um charme a mais no personagem. Com toques
mais de comédia até meio canastrão talento que ele já fazia bem na TV antes de
estrelar o 007 no cinema e sem muita habilidade nas coreografias de luta. O
detalhe é que Moore que o sucedeu era três mais velho que Connery.
É tanto que ele conseguiu ficar mais tempo
no papel, foram sete filmes ao longo de 12 anos.
Abaixo
coloco aqui minhas análises e avaliações do desempenho de Moore como James
Bond, sem seguir o critério da ordem por
minha preferência pessoal elegendo do
pior ao melhor, mas sim analisando o conceito da sua interpretação como 007 pela ordem cronológica das datas de lançamento
e como cada um foi dirigido por diferentes diretores como já ocorreu com os
filmes anteriores da franquia estrelados por Sean Connery:
COM
007-VIVA E DEIXE MORRER(1973)
No primeiro filme da franquia estrelado por Roger Moore, sendo
cronologicamente o oitavo da série que foi Com 007-Viva e deixe morrer(Live
and Let Die, Reino Unido, 1973), que contou com a direção de Guy
Hamilton(1922-2016), que já havia dirigido dois filmes anteriores da franquia
007 que foram 007 Contra Goldfinger(1964) e 007-Os
Diamantes são Eternos (1971)estrelados por Sean Connery.
Neste primeiro
filme da franquia com Roger Moore como protagonista mostrou “James Bond é
enviado aos Estados Unidos para deter um traficante de droga, Mr. Big, que
vende droga a custo zero para pôr seus concorrentes fora de cena e garantir o
monopólio no negócio. O agente vê-se apanhado num mundo de gângsters e de
feiticeiros vudu.”
O desempenho de Moore nesse primeiro filme como
protagonista de 007, ele ainda
demonstrava uma insegurança quanto ao
tom que queria imprimir ao personagem, estava bastante cru, ainda mais nessa história, cuja estética foi
bem na pegada da onda da blaxploitation, um subgênero estrelado só por atores
afro-americanos que estavam tentando brigar por maior representatividade no
cinema, antes relegados apenas a papeis secundários.
Essa
onda em que o filme surfou mostrou como
ele carregava uma visão racista, bastante antiquada e politicamente incorreta
ao qual demonstrou que ficou,
principalmente no quesito que envolveu a representação banal da religião
vudu, uma herança africana na América.
No elenco contou com dois atores remanescentes
dos tempos de Sean Connery representando os tipos mais importantes com quem 007
interage como Bernard Lee(1908-1981)
como M. chefe do MI6 e a Lois Maxwell(1927-2007) como Moneypenny, a secretária do MI6. Também mencionar as
participações de Yaphet Kotto(1939-2021) como o antagonista Kananga/Mr.Big, a
britânica Jane Seymour como a Solitarie,
a cartomante usada por Kananga/Mr. Big e que desperta a paixão de James
Bond que sacaneia sua habilidade com as cartas trapaceando sobre o seu destino
com relação ao sexo. Outras participações do elenco foram de Gloria Hendry como a primeira atriz
preta a interpretar uma bond girl no caso a agente da CIA, Rosie Carver que não
existia na série de livros de Ian Fleming, foi fruto da licença poética da produção. A britânica Madeline Smith como
a espiã italiana Miss Caruso com quem Bond mantém uns pegas logo no começo da
história. O americano Clifton James(1920-2017) foi quem deu vida no filme ao
cômico Xerife J.W. Pepper que tenta perseguir os capangas de Kananga,
perseguindo Bond. David Hedison(1927-2019) numa das representações de Felix
Leiter. Geofrey Holder(1930-2014) fazendo uma representação bastante
estereotipada e em tom racista sobre religião de origem do vudu como o Barão Samedi que é uma importante
entidade dessa crença e Julius Harris(1923-2004) numa representação bastante
banal como Tee Hee Jonhson, o capanga de Kananga naquele bem perfil bem
característico do alto, forte, mal-encarado e com o braço amputado usando um
gancho, como se não fosse bastante toda a representatividade preta
afro-americana ficar banalizado, outra prova do quanto o James Bond antigo
também carregava uma visão politicamente incorreta a respeito de outros grupos
sociais. Também destacar a ótima
música tocada pelo ex-beatle Paul McCartney, acompanhado da banda Wings. Tocando um tipo de sonoridade
que começa bem lenta e depois vai adquirindo uma adrenalina, que combina
perfeita para as cenas de ação e tiroteio em que o agente enfrenta. Uma
combinação perfeita de sonoridades bem diferentes.
007
CONTRA O HOMEM COM A PISTROLA DE OURO(1974)
No
segundo filme da franquia com Roger Moore no papel que foi cronologicamente o
nono filme da franquia que foi 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro(The Man with the
Golden Gun, Reino Unido, 1974) que contou novamente com a direção de Guy Hamilton(1922-2016), que
já havia dirigido três filmes anteriores
da franquia 007 que foram 007 Contra Goldfinger, 007-Os
Diamantes são Eternos, estrelados e Sean Connery e Com 007-Viva e
deixe morrer, o primeiro com Roger Moore como protagonista.
Sua trama
gira em torno de “James Bond é ordenado a recuperar um engenho que capta e
produz energia a partir da energia solar e de eliminar o assassino por
encomenda / matador de aluguel Francisco Scaramanga, que utiliza uma pistola e
balas de ouro.
O filme é estreado na altura da crise do petróleo e o argumento
do filme baseia-se maioritariamente neste tema.” Nesse segundo filme da série
007, Moore ainda não conseguia demonstrar uma segurança para achar o tom para o
papel, ainda estava cru e passando pela mesma dificuldade mostrada em Com
007 Viva e Deixe Morrer. Este filme marcou o último da franquia a contar com Harry Saltzman(1915-1994) como produtor-executivo da
franquia, que resolveu romper sua
sociedade com Albert R. Broccolli(1909-1996) saindo assim da sua sociedade com
a Eon, após uma série de
desentendimentos criativos sobre os
rumos da série e como Saltzman não estava satisfeito com a escolha e o empenho
de Roger Moore como protagonista neste filme, que contou em seu elenco de
Bernard Lee como M., Lois Maxwell como Moneypenny e Desmond
LIwelyn(1914-1999) na pele do Q. Também contou também com o
britânico Christopher Lee(1922-2015), o
eterno astro do cinema de terror, que foi uma das encarnações de Drácula no
cinema e que nas posteridade representou vilões em grandes franquias como o
Saruman na trilogia de O Senhor dos Anéis (2001-2003) e em O
Hobbit(2012-2014) e o Conde Dooku na segunda trilogia de Star
Wars(1999-2005) é quem se encarregou de representar na obra o papel do
antagonista Francisco Scaramanga que tem como característica um terceiro mamilo
e usa sua pistola de ouro, onde logo no início é mostrado ele treinando com a arma fazendo referencias de
metalinguagens ao cinema desde o faroeste ao de gangsters e ao cinema
expressionista alemão.
E com Bond encena
um dos momentos mais memoráveis que é o duelo no estilo faroeste, o ator até
que desempenhou bem o papel mesmo não tendo agradado tanto a crítica.
O elenco também contou com as participações
do francês Hervé Villechaize(1943-1993), que foi responsável por representar
Nick Nack, o anão capanga de Scaramanga numa
representação bastante banal das pessoas com deficiência física, no caso aqui
dele como anão, o que bem prova a visão politicamente incorreta que esses
filmes antigos representam hoje em dia.
Que posteriormente se tornaria o futuro
astro da famosa série de TV Ilha da Fantasia(Fantasy Island, EUA,
1978-1984) representando o Tattoo, onde dividia o protagonismo com o mexicano Ricardo Montalbán(1920-2009) que
fazia o Sr. Roarke. Clifton James
repetindo o papel do Xerife Pepper que aparece na cena curtindo suas férias na China,
o mesmo lugar onde coincidentemente Bond
estava investigando as operações de
Scaramanga.
E ele inventa de participar numa dessas perseguições a ponto de aparecer
uma grande piada muito forçada e soltando uns comentários racistas a respeito
dos asiáticos, principalmente quando Bond faz uma manobra perigosa entre uma
ponte e outra que temos o som de uma sonoplastia bem forçada que fez forçar bastante a barra. O que bem já
mostrava qual seria o caminho que Roger Moore passaria a adotar como seu James
Bond, um sujeito que não se levava muito a sério e fazendo uns tons coreógrafos
de lutas tão pífios que passariam a
ficar bastante brega. Outras participações a serem mencionadas vão para as duas
suecas que fizeram as sensuais bond
girls no filme como Maud Adams na pele
da Andrea Anders, que no começo era amante de Scaramanga e depois que resolve
trai-lo é morta e Britt Ekland como a
Mary Goodnight, uma dentre as muitas de nomes bastante exóticos que já
apareciam na história da série e uma dentre as muitas colocadas com este
intuito de objetificação sexual.
Ela até que foi bem introduzida como uma boa
ajudante para Bond em sua operação para caçar Scaramanga na China, mas em três
diferentes momentos ela cometeu tanto deslize que só atrapalhou como quando vai
atrás de Nick Nack e Scaramanga a rapta,
quando dá um soco num capanga de Scaramanga na sua mansão numa ilha da
Tailândia, faz ele cair num tanque
cheio de liquido ácido que vai provocar
o grande acidente, pior ainda é no clímax da obra, no ponto de virada, onde ela
de biquini tentando salvar Bond, mas
comete uma escorregada, onde ela liga o aparelho de superaquecimento que gera a
energia solar sem perceber pela encostada na sua bunda onde eles dão um close anatômico nela, provando o quanto
dessa forma ela havia sido pensada de objetificação erótica foi imaginada.
Também destacar a participação do sul-coreano Soon-Tek Oh(1932-2018) que
representou o Tenente Hip, o contato de Bond na China em sua caçada a
Scaramanga. Richard Loo(1903-1983) que representou Hai Fat, o milionário
tailandês que foi sócio de Scaramanga.
O indiano Marne(1914-1992) que representou
o fabricante de armas Lazar em Macau na China, que tinha como seu grande
cliente o Scaramanga. Carmem Du Sautoy
como a dançarina do ventre Saída de quem Bond dá uns pegas para
conseguir a preciosa joia pregada no seu umbigo. E o
chinês Yao Lin Chen que representou o papel de
um instrutor de kung fu nas cenas de Bond num Templo Budista cuja estética aproveitava a onda do gênero
Kung Fu que estava em alta no Ocidente, principalmente os estrelado por Bruce
Lee(1940-1973).
Também
destacar a música-tema da abertura que foi interpretada pela britânica Lulu, a mesma que antes já produzido e cantado
para um tema de outra obra cinematográfica que foi em Ao Mestre, Com
Carinho(To Sir, With Love, Reino Unido, 1967) onde também representou
uma das alunas do Professor Trackeray(Sidney Portiers). A contagiante música
foi a que menos agradou a crítica em toda a história longeva da franquia 007.
007-O
ESPIÃO QUE ME AMAVA(1977)
No terceiro filme da série 007 que foi
estrelado por Roger Moore, sendo
cronologicamente o décimo da franquia que foi 007-O Espião que me amava(The
Spy Who Loved Me, Reino Unido, 1977) que foi dirigido
por Lewis Gilbert(1920-2018) que já havia dirigido outros filmes da franquia
007. Marcou um momento importante para história da série, pois, este foi o
primeiro em que Brocolli passou a comandar sozinho na Eon a franquia 007 até a sua morte em 1996 após ter rompido a sua sociedade com Saltzman. Isso tanto pode ser percebido que é a partir
desse filme nos créditos de abertura só aparece o nome de Brocolli como
produtor-executivo e não mais dividindo com Saltzman. E foi a partir desse que Roger Moore
realmente passou a definir o tom do seu James Bond com um perfil mais canastrão,
voltado para a comédia e para o charme e a sedução com um nível mais brega na coreografia
de luta.
Neste filme James Bond irá investigar “Submarinos nucleares
britânicos e soviéticos estão a ser roubados em alguns lugares do Mundo.
Na
Áustria, Bond escapa de uma armadilha feita por soviéticos matando um deles.
Esquia pela montanha até saltar de uma ravina e abre um paraquedas com a
bandeira do Reino-Unido.
Ao regressar ao país, Bond é informado que alguém está
a roubar as rotas secretas dos submarinos. O agente viaja para o Egito para se
encontrar com um vendedor.
Encontra-se primeiro com uma agente soviética
chamada Anya Amasova que se torna a sua rival. Ambos viajam até Luxor atrás do
micro-filme com as rotas dos submarinos. Os superiores dos agentes concordam em
torná-los parceiros. Bond e Amasova viajam até a Sardenha onde a última é salva
pelo agente do parceiro de Stromberg, Jaws. Os dois disfarçam-se de casal de
biólogos e visitam Stromberg em seu laboratório marinho chamado Atlantis. Após
a visita, os dois saem de carro mas são perseguidos primeiramente por
helicóptero. Na fuga, o carro submerge no mar e transforma-se num submarino. Ao
tentarem espiar a Atlantis são atacados por mergulhadores, e, ao submergirem,
por um sidecar e outro veículo. Amasova promete irá matar Bond ao fim da
missão, ao saber que ele matou seu amante, que estava em missão na Áustria.”
Além dos nomes já mencionados Bernard Lee, Lois Maxwll e
Desmond LIewelyn como M., Moneypenny e Q., o elenco desse filme também contou
com a participação da americana Barbara
Bach, futura esposa do ex-beatle Ringo Star, co-estrelando como a espiã soviética, Major Anya Amasova uma das bond girls, também
chamada pelo seu superior da KGB, o
General Gogol de Triplo X. Inclusive o personagem vai a partir desse filme se tornar presença
frequente nos filmes posteriores da série até 007-Marcado para a Morte(The
Living Daylights, Reino Unido, 1987). Onde foi representado pelo alemão Walter
Gotell(1924-1997). Outro também alemão presente no filme foi Curt Jügens(1915-1982) na pele do antagonista
Karl Stromberg, o megalomaníaco milionário com o seu plano mirabolante de
destruir o mundo com a energia atômica provocando uma guerra nuclear. O
americano Richard Kiel(1939-2014) foi quem deu vida ao Jaws, o capanga de
Stromberg, gigante com uma dentadura de aço para matar suas vítimas mordendo os
pescoços no melhor estilo vampiresco e
com jeito amedrontador de mal-encarado e
que não fala nenhuma palavra, remetendo um pouco ao Oodjob(Harold Sakata), em 007 Contra
Goldfinger(Goldfinger, Reino Unido, 1964). Numa representação bastante
antiquada e politicamente incorreta a respeito dos deficientes físicos com
problemas de gigantismo, do mesmo jeito como foi anteriormente com o anão Nick
Nack em 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro(1974). Também
mencionar a participação de Caroline Munro como a bond girl Naomi, a capanga de
Stromberg que fica encarregado de recepcionar Bond e Amasova ao seu
quartel-general e na perseguição a James Bond usa um helicóptero e é eliminada
por ele quando este solta uma bomba do seu carro. A bosnia Olga Bisera na pele
da Felicca, esposa de Max Kalba no Egito que é morto pela mordida do Jaws que
foi representado pelo francês Vernon Dobtcheff e o jordaniano Nadim Sawalla
como Fekesh, o dono do restaurante com o micro-filme, que também é eliminado
por Jaws.
Destaque para a bela canção
romântica interpretada na voz de Carly Simon para um filme, que não é tão mamão
com açúcar assim. Mas de todo o jeito
não tem marmanjo que ao procurar por seu par romântico, não se delicie por essa
música se imaginando sendo um James Bond, encontrando-se com uma bela Anya
Amasova de sua vida.
007
CONTRA O FOGUETE DA MORTE(1979)
No
quarto filme da franquia estrelado por Roger Moore, sendo
cronologicamente o 11º da franquia que foi 007 Contra o Foguete da Morte(Moonraker,
Reino Unido, 1979) que foi novamente dirigido por Lewis Gilbert(1920-2018) que já
havia dirigido anteriormente outros filmes da franquia 007.
Inicialmente
este filme era para ser uma adaptação do
livro Somente Para Seus Olhos,
como indicava o letreiro no final dos créditos de O Espião Que Me Amava, que
James Bond voltará em Somente Para Seus Olhos.
Porém, aconteceu
que a Eon observou que no mesmo ano de
1977 em que foi lançado O Espião Que Me Amava, era lançado o
primeiro Star Wars(EUA, 1977), rebatizado posteriormente após o
lançamento da trilogia prequel de Episódio IV-Uma Nova Esperança.
Grande fenômeno na época e resolveu
entrar nessa onda, pegando a adaptação do livro
O Foguete da Morte. Resultando de Somente Para Seus Olhos
só pôde ser adaptado aos cinemas apenas em 1981.
No seu
enredo “Um ônibus espacial de uma empresa chamada Drax Industries que estava acoplada num Space Carrier
Shuttle Aircraft é misteriosamente
roubada causando o incêndio do avião transportador. Entretanto, Bond regressa
a Londres da África do Sul mas,
durante a viagem, é atacado pelo piloto e por Jaws. Consegue sobreviver e, na
cidade londrina, o agente é posto a corrente do assalto do vaivém e enviado
à Califórnia para
investigar a empresa e o seu proprietário, Sir Hugo Drax.
Bond encontra-se com Drax, acompanhado do seu lacaio Chang, que
lhe deseja uma boa estadia. O agente encontra-se com Dr. Goodhead que lhe faz
um teste na centrifugadora espacial. Porém, Chang altera o teste aumentando a
velocidade para acima do limite mas o agente sobrevive após lançar uma bala
escondida na sua manga aos comandos da cabine. Mais tarde, Bond faz amor com
Corinne Dufour no quarto dela e investiga o quarto de Drax e descobre uns
planos azuis de uma forma vítrea a ser realizada por uma empresa em Veneza. Quando Drax
descobre que Dufour a tinha traido, mata-a.”
Este
filme marcou o último a contar com Bernard Lee no elenco fixo representando o
papel de M., o chefão do MI6, ele
faleceu um ano e meio depois do lançamento. Foi o único a mostrar o Jaws em mais
de um filme, o capanga de Stromberg em O Espião Que Me Amava,
virando capanga agora de Hugo Drax neste filme. O grande antagonista da obra, o
cérebro com o plano mirabolante de construir o foguete Moonraker e com umas ideias
nazistas de bancar o Deus de criar seres humanos perfeitos. O alvo da
investigação de James Bond, cujas locações foram feitas aqui no Brasil. Que é o
que mais nós brasileiros em sua boa parte costumamos glorificar esse filme.
Cuja ideia da pegada inspirada em Star Wars se mostra evidente com eles usando
armas com raios lasers, inspirados nas espadas Jedis mostrou o nível do absurdo
do nonsense difícil de comprar. E quando mostra ele voando em gravidade zero,
ai é que preciso muita suspensão da descrença para cair de cabeça naquele
contexto escapista do espaço e para também conseguir digerir a representação
bastante estereotipada que o filme mostrou do Brasil, principalmente ao exaltar e
glorificar demais a representação do
Carnaval como se fosse algo do cotidiano
brasileiro mostrando o povo dançando e fantasiado nas ruas sempre. Além de outras infinidades de absurdos
nonsenses típicos dos filmes de James Bond.
Aqui outra vez numa representação
de Moore em seu tom mais canastrão, indo para o nível da comédia. O seu elenco
também contou com as participações de Lois Chiles como Holly Goodhead, uma
agente da CIA que Bond conhece na mansão de Drax, se fazendo passar por uma
cientista pelo trabalho de infiltrada assim como James. Corinne Cléry como
Corinne Duffor a responsável por recepcionar Bond a Mansão de Drax pilotando um
helicóptero.
O japonês Toshirô Suga como o Chang, capanga de Drax que usa a
técnica arte marcial do kempô para tentar eliminar James Bond. Emilly Bolton
que representou Manuela, uma agente que
foi o contato de James Bond em sua operação
no Brasil. O francês Michael Lonsdale(1931-2020), que representou na
obra o antagonista megalomaníaco e mirabolante do Hugo Drax. A francesa Blanche Ravalec que representou na
obra a Dolly, uma loira de óculos e penteados de Maria Chiquinha que não fala
nada no filme.
Mas foi responsável por ao ajudar o Jaws dos escombros após este sofrer uma queda no
Bondinho ao enfrentar uma perigosa luta em pleno ar com James Bond, cena que
foi feita com dublê, já que seu interprete Richard Kiel tinha pavor de altura. Jaws
ao ver sua cara angelical nutre uma paixão por ela que faz ele automaticamente
ter a sua redenção ao ponto de nas últimas cenas dentro do foguete resolver se
voltar contra Drax e se unir a Bond em nome do amor por ela. Vê aquele clima romântico meio forçado da redenção de um assassino que
cometeu a monstruosidade de matar muita gente com sua dentadura de aço e quase
assassinou a agente Manuela, é meio forçado acreditar que ele se apaixonando por uma mulher que o salvou
com um rosto angelical puder virar um cara do bem num passe de mágica, só mesmo
você sendo muito ingênuo e sádico para
comprar essa ideia. O que criou a
meu ver um toque bem mais brega a obra, como se não bastasse só as coreografias
de lutas pífias de Roger Moore com seu James Bond canastrão em situações das
mais absurdas dentre elas fazer amor em gravidade zero dentro do foguete com a
Holly. E a rápida ponta brasileira de Carlos Kurt(1933-2003), famoso por fazer
tipos mal-humorados e ranzinzas no seriado e filmes da popular trupe dos Trapalhões (Brasil,1977-1995) formado pelo quarteto Didi,
Dedé, Mussum(1941-1994) e Zacarias(1934-1990) e apelidado de alemão por eles sempre
que era alvo das provocações dessa turma, que no filme representou o segurança
do Aeroporto Brasileiro tentando revistar
o Jaws, mas morre de medo quando vê seu sorriso metálico. Também mencionar na
cena de Bond entrando no Laboratório Secreto
de Drax em Veneza, na Itália. Ele quando aperta um dos botões com o
código para entrar no esconderijo
podemos ouvir os botões reproduzirem o som da trilha do filme Contatos
Imediatos do Terceiro Grau (Close
Encounters of The Third Kind, EUA, 1977), obra do Steven Spielberg, cujo som
composto por John Williams marcava o contato da nave extraterrestre com a
humanidade. Trilha, aliás, que contou
novamente com Shirley Bassey cantando na abertura do filme.
007-SOMENTE
PARA SEUS OLHOS(1981)
No
quinto filme da série estrelado por
Roger Moore, sendo cronologicamente o 12º da franquia que foi 007-Somente
para seus olhos(For Your Eyes Only,Reino Unido, 1981) o filme contou
com a direção de John Glen que ao longo da década de 1980 ainda dirigiu mais
quatro filmes da franquia 007.
No
enredo desse filme: “Bond tem como missão recuperar um sistema de mísseis
chamado ATAC (Comunicador de Ataque Automático) que, em mãos erradas, pode pôr
em risco todo a frota de submarinos britânicos com mísseis Polaris.”
A
Eon teve um grande desafio de ao trazer
um novo filme da série para o
nascer de uma nova década, também conhecida na posteridade como “A Década Perdida” precisou além disso de
manter a fidelidade do seu público,
também teve o desafio de renovar para a geração jovem dos anos 1980. Tarefa que
não se mostraria nada fácil, ainda mais porque na Hollywood daquela década estava surgindo uma nova tendência de heróis
de ação com perfis mais brutais com corpos atléticos e bastantes parrudos e com
as caras duras e que conseguiam encarar qualquer perigo no corpo a corpo sem
precisar de tanta tralha tecnológica cuja leva era simbolizada por Sylvester
Stalone e Arnold Schwarzzenegger, a ponto de até despertarem o início da
geração saúde e a indústria de brinquedos
tirou bem uma casquinha criando heróis
para as animações como He-Man, Comandos em Ação, Thundercats
dentre outros para atrair o público mais infanto-juvenil.
E a série 007 para despertar o interesse desse público
mantendo Roger Moore como protagonista
com seu estilo canastrão cômico de representar com as coreografias muito pífias,
concorrer com a nova tendência surgida nos anos 1980 não seria tarefa das mais
fáceis.
Ele marcou como o único a não
contar com um Chefe M. por respeito a memória de Bernand Lee que faleceu
em 16 de Janeiro de 1981, antes de começar a participar das gravações. Só a
partir de 007 Contra Ocotopussy (1983) é que um novo ator passou
assumir a sua vaga no papel. Dessa forma, os únicos remanescentes da série
clássica estrelada por Sean Connery como Lois Maxwell na pele da Moneypenny e
Desmond Llewelyn como Q., foram os que permaneceram na franquia. Que contou em
seu elenco com o britânico Julian Glover representando o contrabandista grego
Aristotle Kristatos, que é o grande vilão da história que é o patrocinador da
carreira da jovem patinadora Bibi Dhall, representada pela americana Lyn-Holly
Johnson que tenta dar uns pegas em James Bond. A francesa Carole Bouquet foi
quem representou a bond girl Melina Havelock uma arqueóloga marinha que carrega
um ar meio Electra ao jurar vingança pela morte de sua família e o foco da
câmera em seu rosto transmitiu bem isso. Também destacar a participação do
israelense Chaim Topol na pele do Milos Columbo, um ex-sócio de Kristatos e que
se une a Bond para eliminá-lo. Jill Bennett(1931-1990) que fez Jakoba Brink, a
exigente treinadora de Bibi. Também destacar a participação da australiana
Cassandra Harris(1948-1991) que no filme ficou encarregada de representar o
papel da Condessa Lisi Von Schlaf, uma amante de Columbo a quem Bond dá ali uns
pegas para colher informações como costuma fazer com suas bond girls.
Um fato
curioso é que a atriz já nessa época era
casada com o irlandês Pierce Brosnan, que futuramente foi escolhido para
protagonizar James Bond a partir de 007 Contra Goldeneneye (1995).
Ela infelizmente não chegou a prestigiar Brosnan na pele de 007, já que Cassandra
Harris havia falecido quatro anos antes, em 28 de Dezembro de 1991, na época com 43
anos, ela era cinco anos mais velha que
Brosnan. Vítima de um câncer no ovário, o mesmo que na posteridade tirou a vida
de sua filha Charlotte em 2013. Walter Gotell na pele do General Gogol, que
tenta adquiri o ATAC de Krsitatos. John Wyman que representou o Krieger, o
namorado da Bibi que era capanga de Kristatos, numa representação bem
característica da figura de um mal-encarado. Michael Gothard(1939-1992),
represento o Emile Locque, um psicopata,
assassino frio e sanguinário que a mando de Kristatos tenta eliminar
James Bond. John Moreno como Luigi Ferrara, o contato de Bond em sua operação
na Suíça. James Villers(1933-1998) como Bill Tanner que comandou o MI6 na
ausência do Chefe M. E por fim, vale mencionar as participações de Janet
Brow(1923-2011) representando a versão
paródica da então Primeira-Ministra da Inglaterra Margareth Tatcher(1925-2013),
com John Wells(1936-1998) representando o marido de Margareth, Denis
Thatcher(1915-2003) na cena final de Bond conversando com ela por telefone. O
que bem prova como essa obra ficou datada.
Por
fim, destacar a abertura que teve sua canção interpretada pela jovem inglesa
Sheena Easton, que aparece cantando na abertura, botando todo ar de emoção e
clima romântico bem definindo o tom brega da obra, em conjunto com o perfil
sedutor, canastrão e com um coreografia
bastante pífia, voltado para a comédia de Roger Moore.
007
CONTRA OCTOPUSSY(1983)
No
sexto e penúltimo filme da série 007 estrelado
por Roger Moore, sendo cronologicamente o 13° da franquia que foi 007
Contra Octopussy(Octopussy, Reino Unido, 1983) o filme contou novamente
com a direção de John Glen.
O
seu enredo mostrava “James Bond começa pilotando o menor jato do mundo - 12 pés
de comprimento - sendo perseguido por um míssil termoguiado. Bond, ao tentar
solucionar quem assassinou o agente 009, segue a pista de um Ovo Fabergé
roubado do Kremlin, que aparece em uma famosa casa de leilões de Londres e que
pode ser a chave do mistério, pois o agente morto foi encontrado com um Fabergé
falso.Em meio à rede que se forma ao redor do ovo, o agente 007 vai à Índia e à
Europa Oriental onde reencontra Octopussy, filha de um ex-inimigo seu, que para
salvar a própria vida, se une a Bond para frustrar os planos de Kamal Khan, um
príncipe afegão que com a ajuda de Gobinda saqueiam tesouros do último czar da
Rússia espalhados pela Europa. Por trás deles está um general soviético que
quer destruir Berlim com bomba atômica.”
Moore
nesse filme já demonstrava evidentes sinais de não demonstrar mais tanto pique
e disposição para encarar tanta cena
absurda e espalhafatosa com muita adrenalina do seu personagem, principalmente
ao sentir o peso da idade com seus 55
anos. Ele já queria parar logo em 007-Somente Para Seus Olhos (1981),
mas em virtude do seu contrato com a Eon
estabelecida para mais dois filmes, ele acabou tendo de ceder.
Numa
época em que a geração jovem dos anos 1980 estava mais entretida com o cinema
de ação de heróis com perfis de machões
brucutus bons de porrada e Moore representando um James Bond bastante
antiquado com suas péssimas coreografias de luta, mesmo não se levando a sério
e indo mais na pegada da comédia nonsense. Provou como não seria para a série
007 conseguir renovar o seu público dos
anos 1980. Pode se descrever pegando emprestado a gíria atual que já era vista como uma coisa
cringe.
Se
a franquia 007 sempre foi cheia de absurdos, aqui o nível principalmente numa
cena onde Bond ao tentar escapar de Kamal Khan(Louis Jordan) e dos seus
comparsas na floresta da Índia, ele faz uma manobra de pular de galho em galho
e fazendo uma imitação de Tarzan que mostra a dificuldade de tom que o filme
vive oscilando. Fora a cena ridícula de Bond fantasiado de palhaço na cena do
cena ambiente no circo de Octopussy(Maud Adams). O filme marcou o primeiro da
série 007 a contar com o britânico Robert Brown(1921-2003) na pele do chefe M.,
substituindo Bernard Lee que já estava nesse papel desde a era Sean Connery nos
anos 1960 e que havia falecido antes de começar a gravar 007-Somente Para
Seus Olhos(1981). Permanecendo do elenco da Era Sean Connery como protagonista:
Lois Maxwell na pele da Moneypenny e Desmond LIewelyn na pele do Q. Dentre outros nomes presentes no elenco, há de
destacar o da sueca Maud Adams que deu vida a Octopussy, a personagem que dá
título a obra, uma ricaça, poderosa. Que já havia participado dez anos antes de outro filme da série 007 que foi em 007 Contra o
Homem com a Pistola de Ouro(1974), onde representou a bond girl Andrea
Anders, o envolvimento amoroso do vilão Scaramanga(Christopher Lee). E nesse
ela era o ponto central da história. Outra também sueca presente no elenco foi Kristina Wayborn representando a dúbia
Magda. Os britânicos David e Tony Meyer,
dois irmãos que representaram na obra, os gêmeos circenses Grishka e Mishka do Circo
Octopussy que logo no começo da história após a abertura, eles perseguem e
assassinam o agente infiltrado do MI6, fantasiado de palhaço que foi usado como
rima visual depois para Bond. O indiano Vilaj Amitraj que representou o agente Vijay, o contato de James Bond em
sua operação na Índia.
O francês Louis Jourdan(1921-2015) que representou Kamal
Khan, o grande vilão da história, o principal cabeça para o plano mirabolante
com uma mega bomba atômica, o sócio da
Octpossuy na Índia que planeja um conspiratório para passar a perna nela e se
apoia nos soviéticos. O também indiano Kadir Bedi, que representou na obra o
Gobinda, o capanga de Khan, numa representação estereotipada e até banal a
respeito do indiano numa figura de mal-encarado e cujo tom de crueldade até
remeteu ao Oodjob(Harold Sakata) em 007 Contra Goldfinger(1964),
na cena onde após Khan uma partida num cassino para Bond, Gobinda pega uma das
peças e a destrói com a mão a transformando em pó. Retratando bem o nível da
sua crueldade. Parecido ao que Oodjob mostrou em Goldfinger, após vê o patrão
perder uma partida de golfe para James Bond Oodjob pega a bolinha e a estoura
com a mão mostrando bem o seu nível de crueldade. Aqui foi mais ou menos
parecido o que Gobinda mostrou.
E o britânico Steven Berkoff representando o
mirabolante general soviético Orlov, que se alia a Kamal Khan. E
Walter Gotell na pele novamente do General Gogol.
Como
se não fosse o bastante o grau de perfil que o filme já carregava de cafonice
pelas coreografias pífias de Roger Moore, aqui a coisa fica ainda mais brega
quando eles apelam muito para estética kitsch, principalmente nas cenas ambientadas
dentro da mansão da Octopussy na Índia nas decorações dos bichos, os extravagantes
trajes circenses em cores bem berrantes e muito chamativas e as ajudantes da Octopussy
trajadas com uma roupa de náilon bem apertada e de biquini para apelarem para a
objetificação sexualizada, mostrou como esse filme ultrapassou os limites do
mau gosto. Junte isso, a própria música romântica feita para a abertura do
filme interpretada pela Rita Coolidge, já deu para sentir que de todos os filmes
da franquia 007 que o Roger Moore protagonizou este foi o que ficou mais brega.
007-NA
MIRA DOS ASSASSINOS(1985).
No
sétimo e último filme da série 007 estrelado por Roger Moore, sendo
cronologicamente o 14º da franquia que foi 007
Na Mira dos Assassinos(A View to a Kill, Reino Unido, 1985) o filme
contou novamente com a direção de John Glen.
O seu
enredo mostrava “O agente James Bond deve investigar o que há por trás do haras
de Max Zorin, industrial que pretende controlar o mercado de microchips.
Descobre um plano de destruir as indústrias de processadores localizadas no
Vale do Silício e matar milhões de pessoas.”
Esse definitivamente
foi onde Roger Moore mostrou que já não estava mais demonstrando disposição
para encarar mesmo mais nenhuma cena pesada de adrenalina que exigiria muita
disposição física dele, ainda mais sentindo o peso da idade e fora que naquele
momento, o que estava reinando no cinema de ação eram os filmes estrelados por
heróis brutamontes, e ele encarando cenas de coreografias de lutas e usando da
comédia não seria suficiente para atrair a renovação do público. Fora que
também o próprio se mostrou muito fraco. Varia de nível do tom de cada cena. Além de marcar a despedida de Roger Moore da série
007, Na Mira dos Assassinos, também marcou a despedida de Lois
Maxwell, que representou pela última vez a Moneypenny, a secretária do MI6, que
vivia sonhando em dar uns pegas em James Bond. Somente Desmond LIewelyn como Q.
permaneceu na série até a fase da Era
Pierce Brosnan nos anos 1990.
Que
também contou em seu elenco com Christopher Walken representando o vilão megalomaníaco
e ganancioso do Max Zorin, a jamaicana Grace
Jones, representando a May Day, outra
dos poucos exemplos das bond girls pretas
com Bond dá pegas e é uma ajudante de Zorin. Fiona Fullerton que representou
agente russa Pola Ivanova, que estava na mesma missão que 007. Que encena com
ele um dos momentos que só para
esclarecer é uma opinião minha, como um dos mais picantes que já teve em toda a série 007 com relação as bond girls, que é ela
fazendo amor com o sedutor agente com licença para matar numa banheira de espuma e ela tenta aproveitar
a distração de Bond para tentar a fita cassete e entregar para seu chefe o
General Gogol, novamente foi representado por Walter Gotell desde 007-O
Espião Que Me Amava(1977). A irlandesa Alison Doody, representando
Jenny Flex, a bod girl que passa o filme inteiro trajada de jóquei desde a primeira
cena onde é apresentada, que é uma aliada de Zorin. E Tanya Roberts(1955-2021)
que representou a Stacey Sutton, a bond girl com quem ele termina no final e também estrela um dos momentos
também mais picante que já teve na série 007 que é quando Bond e ela fazendo amor no
chuveiro com uma espiada do robô do Q.
Inclusive
no livro autobiográfico que Moore publicou na posteridade ao relatar sobre a
experiência de dividir a cena com Tanya Roberts, ele próprio percebeu que pela diferença grande da sua
idade com a idade dela, sendo ele trinta anos mais velha e que ao saber a mãe da
atriz era mais nova que ele. Percebeu que já não dava para continuar representando
o agente 007 em muitas cenas de adrenalinas que exigiriam muito preparo físico dele.
Destacar
também a canção-tema de abertura interpretada pelo conjunto britânico Duran
Duran, que estava mundialmente em evidência no mercado fonográfico e tinham
forte popularidade principalmente com o público jovem, com sua
estética musical inspirada na onda do rock, pop, punk e na new wave.
Uma estratégia
bem interessante de tentar atrair o público jovem dos anos 1980 para um filme da série, que como já havia descrito
antes, estava mais preferindo uma ação cheia de porrada bruta com astro brucutus,
do que com cenas de ação pífias, estapafúrdias, nonsenses, absurdas, ridículas e mal
coreografadas de Roger Moore como James Bond na série 007 com um tom mais
levado para a comédia a ponto de ficar brega. Mas mesmo assim, não se pode
negar que o tom que ele encontrou conseguiu se diferenciar bastante do estabelecido
por Sean Connery nos primórdios da franquia lançada nos anos 1960. Há de mencionar também e concluir que não foi só nas telas que Moore, deixou um grande
legado para a franquia a ponto de agir
também como herói das telas, virando embaixador
do UNICEF e recebendo em 2003, o
título da Ordem de Cavalaria da Coroa
Inglesa de Sir Roger Moore. Roger Moore
incorporou no James Bond, mais do que um jeito galanteador e glamoroso com bons
toques de refinamento britânico, mas também conseguiu um jeito de humor expressado na forma de olhar ou mesmo na
expressão facial e na forma sarcástica no jeito como se apresentava de “Meu
Nome é Bond, James Bond”. Nenhum ator
vai se igualar ao jeito, ao estilo, ao maneirismo como Roger Moore fez
James Bond. Aqui fica a homenagem. “Eu queria um whisk Dry Martini, Batido, mas
não mexido”.