Olá Grandes Super-Heróis, na
noite de domingo, 07 de Outubro, fui conferir ao tão aguardado filme do Venom.
O Filme solo inspirado no famoso simbionte que compõe a galeria de vilões do
Homem-Aranha. Confesso que até pouco tempo eu estive bastante receoso, porque tipo se a
gente lembrar que uma das razões para
este filme ser rejeitado por boa parte do público está no fato de sua
produção ser da Sony, e que,
portanto, não compõe o UCM. E que se a
gente lembrar que não faz muito tempo que esta mesma Sony já tinha incluído este
personagem em Homem-Aranha 3 cujo resultado desagradou e muito ao público e a
crítica. Especialmente pela forma bastante destoante ao qual ele foi incluído
no contexto da história. Um alienígena
originado da saga cósmica dos quadrinhos dos anos 1980 Guerras Secretas onde
este ser simbionte virou o hospedeiro do Peter Parker que fez ele adquirir um
uniforme preto que lhe que lhe deu mais poder, força e modificava sua
personalidade e nisto para poder tirá-lo ele sabendo de sua fraqueza por ruído
resolve expô-lo no teto de uma igreja
num sino tocando onde lá ao conseguir tirá-lo termina coincidentemente
encontrando como hospedeiro o Eddie Broke, o seu invejoso colega do Clarim Diário que mostra-se ser um
profissional bastante antiético no jornalismo na hora de procurar algum furo de
reportagem. Na celebre trilogia do Sam Raimi esta parte
sequer tinha sido trabalhado e o diretor do jeito que não era muito fã do
personagem, acabou cedendo por pressão do estúdio que criou uma trama pífia que
piorou com o desempenho medíocre na pele de Topher Grace como Eddie Broke em cena e tipo só por isto ninguém botava muita fé que um personagem que não era herói, e nem mesmo
um anti-herói, mas um ser parasitário espacial cujo único objetivo é apenas de
encontrar um hospedeiro para se alimentar e fortalecer, pudesse não ser o
suficiente para sustentar um filme todo nas costas, sem fazer
menção ao Cabeça de Teia. Nesse filme
solo dirigido pelo Ruben Fleischer, a gente pode notar logo de cara que ele não
apresentar nenhuma ligação com o universo do Cabeça de Teia e nem mesmo com o
UCM quando percebemos que o local em que o cenário será ambientado não é em
Nova York, mas sim em São Francisco. Onde será que vai ocorrer toda a ação da
trama. Antes disso, temos uma premissa que mostra um foguete caindo do céu e lá
é mostrado um dos simbiontes saindo se hospedando no corpo de várias pessoas
até chegar a São Francisco é nesse lugar que mostra Eddie Brocke trabalhando
atuando como repórter para uma emissora de TV local. Ele então é mandado pelo seu chefe para fazer
uma reportagem com Carlton Drake(Riz Ahmed), o dono de um laboratório que se
utiliza dos simbiontes para uma prática ilegal usando seres humanos como
cobaias. Foi nessa reportagem que ele comete uma grande gafe ao falar das
investigações em pleno momento que estava gravando que colheu por conta própria
que mostrava as falcatruas do laboratório. E isto termina resultando na perda do seu emprego, também no fim do seu
casamento já que sua namorada Anne(Michelle Williams) também caiu no prejuízo
por ter perdido o emprego nesse mesmo laboratório. Nisso a história em sua vida
completamente lascada, ferrada atrás de
um novo emprego muda quando de repente acontece do simbionte terminar se
hospedando em seu corpo e dessa forma
temos o filme mostrando a jornada do simbionte como hospedeiro em um corpo
humano tentando se adequar aos estilos de vida de cada um até chegarem ao
clímax de enfrentarem um outro simbionte mais perigoso que o próprio Venom.
Antes de ir conferir ao filme,
eu tinha visto vários comentários críticos sobre este filme e boa parte foi
bastante negativa. De fato pelo que pude constatar, não tiro as razões para a critica especializada não
ter gostado desse filme. Primeiro a
mudança da classificação indicativa que prometia ser R-Rated, o que poderia ter
dado um ótimo resultado em explorar um nível de violência mais gore, num
personagem que é puramente violento, a nível de sadismo e de canibalismo. Mas
ai mudaram para PG-13, para ficar mais acessível de ser assistido e você pode
perceber o quanto a edição retalhou
bastante algumas cenas que exigiam um nível de violência mais barra pesada. Fora também há o problema do roteiro ser raso e medíocre, onde você nota eles repetirem a mesma preguiça como colocou na
franquia de O Espetacular Homem-Aranha da ameaça sair de um laboratório, o que
por si só já representa uma ideia bastante duvidosa. O texto dos diálogos são
também bastante sofríveis, eles oscilam as mudanças entre um filme de um
suspense mais creepy, com momentos que
acabam causados muitos risos involuntários. Fora também os problemas das
construções dos personagens que são muito pífios. Tom Hardy no papel principal até que está ok, convence
sua completa entrega as camadas dos personagens, mesmo sua construção ter
ficado rasa pelo roteiro, e a maneira como a caracterização em captura de movimento digital bem convence e
até consegue provocar medo mesmo deixando evidente algumas falhas de
edição, mesmo assim as movimentações dos frames do rosto do Venom ficaram
perfeitas e bem convincentes. A única coisa que mais me incomodou foi nas cenas
em que o personagem devora as cabeças, não aparecer sangue. Isto devido a
mudança de classificação que não deixou explorar um nível de violência mais
gore. Já Riz Ahmed como o antagonista Carlton Drake, faz um desempenho bastante
medíocre de tão canastrão e caricato a ponto de parecer muito robótico. E a
Michelle Williams como a Anne, namorada do Eddie, também tenta algum esforço
para desempenhar o papel dela que procura ajuda-lo no momento mais difícil da
vida do Eddie, mesmo a personagem ficando tão rasinha e limitada pelo roteiro, a ponto de parecer
uma inútil na trama. A direção do Ruben Fleischer também se mostra bastante
confusa, ainda mais pelo roteiro fraco. O que de certa forma, apesar dos que
aqui coloquei muita coisa de negativo,
isto não parece ter afetado a bilheteria, pois até o momento em que estou filmando esta
crítica, o filme conseguiu arrecadar US$205 Milhões de dólares. O que pelo
menos já dá uma garantia para uma sequência de um filme que se mostrou bastante
ambicioso para uma proposta arriscada como essa, em fazer um filme de um vilão
tão complexo da galeria do Cabeça de Teia. De tudo isso, os únicos pontos que o filme
apresenta e que ainda valem a pena de se assistir é a presença do Stan Lee e as
duas cenas pós-créditos que são sensacionais. Se quiserem é só irem conferirem
ao filme.
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