terça-feira, 16 de outubro de 2018

VENOM SEM HOMEM-ARANHA








Olá Grandes Super-Heróis, na noite de domingo, 07 de Outubro, fui conferir ao tão aguardado filme do Venom. O Filme solo inspirado no famoso simbionte que compõe a galeria de vilões do Homem-Aranha. Confesso que até pouco tempo  eu estive bastante receoso, porque tipo se a gente lembrar que uma das razões para  este filme ser rejeitado por boa parte do público  está no fato  de sua  produção  ser da Sony, e que, portanto,  não compõe o UCM. E que se a gente lembrar que não faz muito tempo que esta mesma Sony já tinha incluído este personagem em Homem-Aranha 3 cujo resultado desagradou e muito ao público e a crítica. Especialmente pela forma bastante destoante ao qual ele foi incluído no contexto da história.  Um alienígena originado da saga cósmica dos quadrinhos dos anos 1980 Guerras Secretas onde este ser simbionte virou o hospedeiro do Peter Parker que fez ele adquirir um uniforme preto que lhe que lhe deu mais poder, força e modificava sua personalidade e nisto para poder tirá-lo ele sabendo de sua fraqueza por ruído resolve expô-lo no teto de uma igreja  num sino tocando onde lá ao conseguir tirá-lo termina coincidentemente encontrando como hospedeiro o Eddie Broke, o seu invejoso  colega do Clarim Diário que mostra-se ser um profissional bastante antiético no jornalismo na hora de procurar algum furo de reportagem.    Na celebre trilogia do Sam Raimi esta parte sequer tinha sido trabalhado e o diretor do jeito que não era muito fã do personagem, acabou cedendo por pressão do estúdio que criou uma trama pífia que piorou com o desempenho medíocre na pele  de Topher Grace como Eddie Broke em cena  e tipo só por isto ninguém botava muita fé  que um personagem que não era herói, e nem mesmo um anti-herói, mas um ser parasitário espacial cujo único objetivo é apenas de encontrar um hospedeiro para se alimentar e fortalecer, pudesse não ser o suficiente para   sustentar um filme todo nas costas, sem fazer menção ao Cabeça de Teia.  Nesse filme solo dirigido pelo Ruben Fleischer, a gente pode notar logo de cara que ele não apresentar nenhuma ligação com o universo do Cabeça de Teia e nem mesmo com o UCM quando percebemos que o local em que o cenário será ambientado não é em Nova York, mas sim em São Francisco. Onde será que vai ocorrer toda a ação da trama. Antes disso, temos uma premissa que mostra um foguete caindo do céu e lá é mostrado um dos simbiontes saindo se hospedando no corpo de várias pessoas até chegar a São Francisco é nesse lugar que mostra Eddie Brocke trabalhando atuando como repórter para uma emissora de TV local.  Ele então é mandado pelo seu chefe para fazer uma reportagem com Carlton Drake(Riz Ahmed), o dono de um laboratório que se utiliza dos simbiontes para uma prática ilegal usando seres humanos como cobaias. Foi nessa reportagem que ele comete uma grande gafe ao falar das investigações em pleno momento que estava gravando que colheu por conta própria que mostrava as falcatruas do laboratório. E isto termina resultando na  perda do seu emprego, também no fim do seu casamento já que sua namorada Anne(Michelle Williams) também caiu no prejuízo por ter perdido o emprego nesse mesmo laboratório. Nisso a história em sua vida  completamente lascada, ferrada atrás de um novo emprego muda quando de repente acontece do simbionte terminar se hospedando em seu corpo  e dessa forma temos o filme mostrando a jornada do simbionte como hospedeiro em um corpo humano tentando se adequar aos estilos de vida de cada um até chegarem ao clímax de enfrentarem um outro simbionte mais perigoso que o próprio Venom.

Antes de ir conferir ao filme, eu tinha visto vários comentários críticos sobre este filme e boa parte foi bastante negativa. De fato pelo que pude constatar, não tiro  as razões para a critica especializada não ter gostado  desse filme. Primeiro a mudança da classificação indicativa que prometia ser R-Rated, o que poderia ter dado um ótimo resultado em explorar um nível de violência mais gore, num personagem que é puramente violento, a nível de sadismo e de canibalismo. Mas ai mudaram para PG-13, para ficar mais acessível de ser assistido e você pode perceber  o quanto a edição retalhou bastante algumas cenas que exigiam um nível de violência mais barra pesada.  Fora também há o problema do roteiro ser  raso e medíocre, onde você nota eles  repetirem a mesma preguiça como colocou na franquia de O Espetacular Homem-Aranha da ameaça sair de um laboratório, o que por si só já representa uma ideia bastante duvidosa. O texto dos diálogos são também bastante sofríveis, eles oscilam as mudanças entre um filme de um suspense  mais creepy, com momentos que acabam causados muitos risos involuntários. Fora também os problemas das construções dos personagens que são muito pífios.  Tom Hardy no papel principal até que está ok, convence sua completa entrega as camadas dos personagens, mesmo sua construção ter ficado rasa pelo roteiro, e a maneira como a caracterização em  captura de movimento digital bem convence e até consegue  provocar medo  mesmo deixando evidente algumas falhas de edição, mesmo assim as movimentações dos frames do rosto do Venom ficaram perfeitas e bem convincentes. A única coisa que mais me incomodou foi nas cenas em que o personagem devora as cabeças, não aparecer sangue. Isto devido a mudança de classificação que não deixou explorar um nível de violência mais gore. Já Riz Ahmed como o antagonista Carlton Drake, faz um desempenho bastante medíocre de tão canastrão e caricato a ponto de parecer muito robótico. E a Michelle Williams como a Anne, namorada do Eddie, também tenta algum esforço para desempenhar o papel dela que procura ajuda-lo no momento mais difícil da vida do Eddie, mesmo a personagem ficando tão rasinha  e limitada pelo roteiro, a ponto de parecer uma inútil na trama. A direção do Ruben Fleischer também se mostra bastante confusa, ainda mais pelo roteiro fraco. O que de certa forma, apesar dos que aqui coloquei muita coisa  de negativo, isto não parece ter afetado a bilheteria, pois  até o momento em que estou filmando esta crítica, o filme conseguiu arrecadar US$205 Milhões de dólares. O que pelo menos já dá uma garantia para uma sequência de um filme que se mostrou bastante ambicioso para uma proposta arriscada como essa, em fazer um filme de um vilão tão complexo da galeria do Cabeça de Teia.  De tudo isso, os únicos pontos que o filme apresenta e que ainda valem a pena de se assistir é a presença do Stan Lee e as duas cenas pós-créditos que são sensacionais. Se quiserem é só irem conferirem ao filme.





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